terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Texto de Osmir Pereira

Osmir Pereira/Facebook

Somos amigos de infância, e crescemos juntos em buscas dos mesmo sonhos e ideais.Sofremos as dores que o destino nos oferecia em bandeja de prata.Corremos atras dos sonhos e cultivamos ideais.O Osmir teve muitas participações em minha vida literária, quando sugeriu o título do poema MINHA VIDA...Um traço esboçado num painel inacabado, na qual me rendeu o Título de Poeta Brasileiro em 1989.
Amante da arte e das letras, fica aqui minha homenagem a esse célebre amigo na qual admiro e respeito muito.
Segue um dos seus textos que me escreveu em 2003...


As nossas lágrimas são gotas de cristais, como aquelas caídas do alto de uma cachoeira, banhada pelos raios do sol. Nesse contraste entre frio e calor, água e fogo podemos nos deparar com diferenças contidas em nosso universo interior.
A magia da vida está nos fragmentos de coisas indefinidas, dúvidas, incertezas...buscas! E nessas buscas não podemos ignorar aqueles que encontramos no caminho do nosso crescimento, de nossa evolução como seres inteligentes.
Os companheiros do caminho nos mostram em seus atos e palavras, os espelhos que refletem nossas deficiências e também nossas virtudes.
Espero que nessas idas e vindas de nossa estrada, possamos nos encontrar e ter algo de novo, de velho, mas que seja original para se oferecer.

Osmir Pereira, Junho de 2003

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Minha dor é mito

Este poema foi escrito nos anos 80, não me lembro a data real.Mas é um poema que amo, ele é cheio de singeleza, meiguice e retrata uma doçura incrível.Na imagem, o retrato de Ícaro.


Minha dor é mito...

Anjos Solenes
 Voavam sobre mim
E como crianças,
De canções ao ceu,
Brincavam festivas
Com suas auréolas douradas.

Meu ser caído,
Numa terra desconhecida
Desalentado,
Numa solidão esquecida
...gemia de dor!

Anjos solenes brincavam
Com lenços de cetim,
Enxugavam minhas lágrimas
Que caíam ao pó,
...em som de clarins.

Lá vinham,
Cantando como crianças,
Querubíns de seis asas.
Traziam harpas e cristais
E me ninavam,
Com suas canções celestiais.

E outros anjos,
Com asas alvas, carmim
Jogavam em meu corpo,
Pólem...um perfume jasmim.

Um sorriso então,
Despontou em meus lábios.
Tal qual criança perdida,
Vi-me na luz.

E todos querubins
Com outros  anjos em volta,
Seguraram minha mão e
Com azeite perfumado
Curaram minhas feridas
Feitas pelo tempo e a vida.

Anjos solenes,
Que cantavam e brincavam
Eram crianças, eram anjos
E traziam em cálices de ouros
Água de prata e sede.

A sede da paz
Simbolizada por uma era,
Era de branco,
Cor de asas.

Anjos que brincavam,
Querubins cantavam
Como doces pequeninos,
Fizeram me puro
Envolto em plenitudes.


Elder Poltronieri
do livro TRAPOS E BANDEIRAS-poesia















sábado, 14 de janeiro de 2012

Copos Drogados de Cristais

Copos vazios,
Fulgazes em busca
De prazeres.
Cristais...vidros doentes
Num círculo
De correntes
Dependentes de amor.

Cristalino e divinos
Prazeres que se misturam,
Em vozes esmagadas
Por corpos atrozes,
Seres trépidos e
Incógnitos mortais.

Lágrimas quebradas
Em coração de vidro.
Dor estraçalhada,
Em cérebro de cristal.
Copos vazios
Que buscam incansáveis,
Espaços noturnos,
Doentes sorrisos
...transparências!

Copos drogados,
Saciados de amor e sarcasmos
Que quando lançado num chão,
Que vitrificado é...
Se resume em cerveja e coca.

E assim canta esse país,
Mapa trincado e destruído
Por um louco transparente
Que é vidro
Num hospital de Cristal.


Autor:Elder Poltronieri
Trapos e Bandeiras-1995

Copos Drogados de Cristais - imagem

By Elder Poltronieri 2011
Copos Drogados de Cristais é um poema de Elder Poltronieri editado no livro Trapos e Bandeiras no ano de 1995.É um poema que fala da solidão extrema, devaneios e indefinições dos sentimentos interiores.Um poema moderno e dramático.