sábado, 11 de julho de 2015

Frágil





Tão frágil quanto as folhas secas
que percorrem as ruas de um vento frio,
ou leves, quanto as águas
que correm desesperadas
ao encontro dos rios,
tão frágil quanto as pedras de cristais,
que viram copos sensíveis
onde bebo minhas dores...minhas agonias,
tão frágil quanto a grãos de areia,
que o vento embaralha no ar,
e caem sobre meus olhos vermelhos.
Que choram toda uma noite
em busca de resposta e palavras!
Palavras frágeis..
que não caberiam neste poema!
Que é tão frágil quanto a musica que ouço agora,
e que sensível dilacera meu ouvido,
que de tão frágil não quer sequer ouvir
esta minha voz...
que aprendeu a se calar... diante da dor.
Também aprender a suportá-la!
E assim..
fico com minha fragilidade!
Eu ela...!
Em plena solidão,
saudade,
amores,
dores,
penas,
lembranças!
Recordações frágeis de um tempo
que se foi!
Que também foi frágil...
e nunca mais vai voltar!
Elder Poltronieri - às 17:01

Nenhum comentário:

Postar um comentário